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Split Payment - e o dia que o imposto de uma venda nem passará pela conta da sua empresa.

  • Foto do escritor: Credit On
    Credit On
  • 2 de jul.
  • 4 min de leitura

A regra de split payment, no contexto da Reforma Tributária brasileira, refere-se ao mecanismo de pagamento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) diretamente pelo comprador (tomador do serviço ou adquirente da mercadoria) ao Fisco, ao invés de o valor integral da operação ser pago ao vendedor/prestador, que então recolheria o imposto.

Em termos práticos, o valor da nota fiscal será "dividido": uma parte (o valor líquido da operação) será paga ao fornecedor e outra parte (o valor correspondente ao imposto) será recolhida diretamente pelo comprador para uma conta específica do governo. O principal objetivo desse mecanismo é aumentar a arrecadação fiscal, reduzir a sonegação e o contencioso tributário, e agilizar o processo de restituição de créditos tributários.

A Reforma Tributária prevê um período de transição que se inicia em 2026, com a criação da CBS e a convivência gradual com os tributos atuais, culminando na plena vigência do novo sistema em 2033. Portanto, a partir de 2026, as empresas precisarão se adaptar a essa nova dinâmica de pagamentos e recolhimentos.

A dinâmica parece simples (cliente realiza o pagamento / o valor dos tributos é automaticamente separado e direcionado ao governo), mas, na prática, esse modelo muda a dinâmica do fluxo de caixa e impõe mais pressão sobre a análise de crédito.

 

split payment
Split payment: impactos no fluxo de caixa e nas políticas de crédito.

O que muda com o split payment? Reflexos para a venda a prazo nos negócios B2B

Para as operações B2B de venda a prazo os reflexos serão notáveis e exigirão adaptação. Hoje, quando uma empresa vende a prazo, ela recebe o valor total da venda e só depois recolhe os impostos, geralmente no mês seguinte. Esse tempo entre o recebimento e o desembolso do imposto serve como um fôlego, um capital de giro “sem custo”, e dá um certo espaço para lidar com atrasos ou inadimplências.

Abaixo alguns dos impactos na gestão financeira com a implementação do split paymnent:

  1. Impacto no fluxo de caixa do vendedor (sua empresa):

    • Menor entrada imediata: Sua empresa passará a receber apenas o valor líquido das vendas (sem o imposto) diretamente do cliente. O valor do imposto será direcionado pelo cliente ao Fisco. Isso significa que o volume de caixa que entra inicialmente por venda será menor.

    • Necessidade de replanejamento: O fluxo de caixa projetado precisará ser revisado, pois o capital de giro pode ser afetado se não houver um planejamento adequado para compensar a entrada menor por transação. Isso pode, inclusive, aumentar a necessidade de capital de giro de curto prazo.

  2. Complexidade na reconciliação financeira:

    • Duplo acompanhamento: Sua equipe financeira e contábil precisará acompanhar o recebimento da parcela líquida do cliente e, idealmente, ter visibilidade sobre o recolhimento da parcela do imposto pelo cliente ao Fisco, para garantir a conformidade da operação.

    • Integração de sistemas: Será fundamental que os sistemas de gestão (ERP, contabilidade, tesouraria) estejam preparados para lidar com essa divisão de pagamentos, automatizando ao máximo a conciliação.

  3. Impacto nas Operações de Antecipação de Recebíveis:

    • Cessão de crédito: Se sua empresa costuma antecipar recebíveis (duplicatas, por exemplo), o valor a ser antecipado será apenas o líquido da operação. As instituições financeiras considerarão o crédito sobre a parte que efetivamente você receberá. Isso pode impactar as condições e o custo das operações de antecipação.

  4. Aumento da responsabilidade e processos do comprador (seu cliente):

    • Seus clientes, ao se tornarem responsáveis pelo recolhimento direto de parte do pagamento ao Fisco, terão que adaptar seus próprios processos internos de tesouraria e contabilidade. A capacidade deles de fazer isso de forma eficiente impactará a suavidade das suas próprias operações.

 

Então porque reforçar a análise de crédito é importante com split payment?

Com o split payment, a análise de crédito de seus clientes se tornará ainda mais estratégica, pois o risco não estará apenas na capacidade de pagamento do valor total da dívida, mas também na capacidade e disciplina do comprador em gerir corretamente o fluxo dividido e cumprir suas obrigações fiscais.

Diante desse novo cenário, as empresas precisam revisar suas políticas de concessão de crédito. Mais do que nunca, é essencial avaliar com precisão quem pode comprar a prazo e quem deve pagar à vista. Também é imprescindível definir limites de crédito adequados com base em dados atualizados e confiáveis. E por fim, monitorar continuamente o risco dos clientes ativos, ajustando limites e condições conforme o comportamento.

A solução da Credit ONtech permite automatizar esse processo, conectando dados de bureaus, fontes públicas e documentos financeiros em uma única análise. Em minutos, sua equipe comercial tem clareza sobre o risco da operação, sem perder agilidade.

 

Conclusão

A transição para o novo sistema tributário exigirá proatividade e um olhar ainda mais apurado sobre a gestão financeira e o relacionamento com os clientes. A adaptação da sua análise de crédito será um passo fundamental para mitigar riscos e garantir a saúde financeira da sua empresa nesse novo cenário.

O split payment não é só uma mudança tributária. É uma mudança de fluxo financeiro e de risco operacional.

Empresas que vendem a prazo precisarão se proteger, e a melhor forma de fazer isso é com uma análise de crédito mais eficiente, automatizada e orientada por dados.

Na dúvida entre crescer com segurança ou correr risco desnecessário, escolha os dois: fale com a Credit ONtech e conheça como nossa solução pode proteger o seu negócio nesta nova era do crédito.


 
 
 

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